quarta-feira, 17 de abril de 2013



POEMA DA FACA

(Em jeito de posfácio ao posfácio
de António Cândido Franco a Contramina de Ruy Ventura)

Em todo o caso ela divide a força
Corte dissonante chamando o ser,
Antítese além-sangue
Para mais ver.
Impossível é separar a alegria
Chispa do momento,
A circulação maior que ninguém corta
Nas artérias intocáveis do vento…

A faca ressurgiu, Fénix primeira,
Existindo para cortar a rima do mundo
Separando de abundância a poesia!
A verdade da voz que há na faca
É maior que o seu tamanho:
Antes do punho e da ponta
É o modo como corta ou fala.

Eduardo Aroso

(Coimbra, 16-4-2013
Apresentação de Contramina de Ruy Ventura na Casa da Escrita)

Publicado a 1ª vez em

Sem comentários:

Enviar um comentário