sexta-feira, 14 de novembro de 2014

LINHA DA LOUSÃ ©

(À memória do poeta brasileiro Manuel Bandeira
 que escreveu «Trem de Ferro» e do compositor, do mesmo país,
 Heitor Villa-Lobos e da sua obra  «Trem Caipira»)

De ferro era o trem.
Não o que a gente tem.

Pouca-terra, pouca-terra,
E para transporte novo
Muito voto, muito voto,
Pouco-povo, pouco-povo!

Da Portagem e Calhabé
Passa o rio e passa Ceira,
Passa Trémoa e Miranda
Em Lousã até Serpins.
Acabou-se então o sonho
Aqui na serra desta banda....

Caros Heitor e Manuel,
Aqui temos pneu caipira
Para assim servir a linha
Alinhada neste carril
Democracia de cordel.

De ferro era o trem.
Não o que a gente tem.


Eduardo Aroso ©
14-11-2014




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