sábado, 21 de dezembro de 2013


VISÃO DE NATAL ©

 
Não falo desse amor,
O pior do deserto
Que não vai além de pó.
Digo da palavra que alumia
E lavra na madrugada do coração
Do homem só que há-de ser dia.

Na pedra fria do mundo,
Só podemos esperar o braço do canteiro,
Movimento nosso, peregrinos sobre as areias.
Rompe a chispa na hora misteriosa do solstício
E toca-nos os olhos e a alma nas suas estranhas veias.
É por isso que da pedra vemos sair a flor de luz
A seiva invisível para o mundo inteiro.

 
Natal, 2013
Eduardo Aroso

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