DESENCRIPTAR A NAÇÃO! ©
Desocultemos a nação, o país
verdadeiro que pulsa de vida e ansiedade à espera que o compreendam. Perceber o
passado é entender o caminho andado e vislumbrar para onde poderemos ir; ansiar
o futuro é fazer ouvidos moucos às efémeras lógicas do presente; queiramos o
ousado fora do que os outros calculam e desenham na pele seca e curtida, que
ninguém quer comprar, e que se chama Europa. Apressemo-nos outra vez a vestir a
pele do mundo e a rodar de novo em nossas mãos a esfera armilar, podendo ser de
um movimento nunca visto!
Ouçamos as pessoas, em vez da
mensagem subliminar televisiva que se aloja em nós como um vírus; os
economistas que falham em todas as previsões (parece que as chamadas bruxas acabam
por acertar muito mais!); os ídolos feitos à pressa; as bandeiras clubísticas:
uma que ora é a vencedora, ora que é a derrotada - as palmas a uma, os assobios
a outra. Limpemos a sarna da notícia falsa, que nos desvia do essencial: exercitar
o sagrado ofício de decidirmos por nós próprios. De uma vez por todas entendamos
que ou estamos com o sistema ou lutamos contra ele. Porque o sistema
alimenta-se a ele próprio, como as batatas dentro do mesmo saco que, em cima da
carroça do burro, pelo movimento, só mudam de lugar dentro do saco.
Porque o próprio Mestre conhece bem quem o
ajuda na expulsão dos vendilhões do templo, e até do próprio tempo, isto é, os
que compram o tempo de outros a um euro ou dois à hora, para depois o venderam
de outro modo.
4-6-2014
Eduardo Aroso