segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

PORTUGAL DA HORA NOSSA ©

                      Ao Paulo Borges

 
Incarnado hoje em ser de novo Creta,
No mar obscuro dentro,
O labirinto mudo
Encerra a voz secreta
Do inteiro ciclo no momento
Da apoteose de tudo
Que faz ver além do nada…

 Em que fio nos seguramos
- Anseio de Ariadne -
Neste finistérreo grito,
Mão divina, corpo de tágide,
Para a gávea nunca vista
Sulcando de amor o infinito?

 
Eduardo Aroso
3-2-2014

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