CORPO DE RAÍZES
As
recordações são como um mercado pela manhã
Ou o
trânsito numa hora de ponta:Atravessam-me a alma
Vezes sem conta.
Não me posso alhear
Deste cerco do passar do tempo,
Ninho vazio onde se imagina o pássaro.
Uma chamada no escuro
Que dói nos ouvidos
E vai sendo invisível,
Este gritar dentro
E já sem diálogo possível.
Eduardo Aroso ©
Fabulosa composição poética! Parabéns!
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