LINHA DA LOUSÃ
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(À memória do poeta brasileiro Manuel Bandeira
que escreveu «Trem de Ferro» e do compositor, do mesmo país,
Heitor Villa-Lobos e da sua obra «Trem Caipira»)
De ferro era o trem.
Não o que a gente tem.
Pouca-terra, pouca-terra,
E para transporte novo
Muito voto, muito voto,
Pouco-povo, pouco-povo!
Da Portagem e Calhabé
Passa o rio e passa Ceira,
Passa Trémoa e Miranda
Em Lousã até Serpins.
Acabou-se então o sonho
Aqui na serra desta banda....
Caros Heitor e Manuel,
Aqui temos pneu caipira
Para assim servir a linha
Alinhada neste carril
Democracia de cordel.
De ferro era o trem.
Não o que a gente tem.
Eduardo Aroso
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14-11-2014
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