sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


POEMA ÍNTIMO REVELADO

Sabes o que me apetecia, meu amor?
Que não houvesse
Quase nada no mundo.
Que não houvesse o luar da noite
Para que o buscássemos
No intervalo mínimo das horas
Quando respiramos para viver.
Que nos faltasse a comida
E que ao fim de três dias
- Lábios em riste
E dedos de certeza –
Procurássemos o amor
Como forma de sobrevivência
A única semente.
Porque desta maneira
Seríamos eternos
Ou morreríamos para sempre.

 Eduardo Aroso ©

 

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