domingo, 15 de maio de 2016


PENTECOSTES EM SANTA CLARA ©

(Ao José Gomes
que labora nesse lado do rio)

Uma rosa abre-se do Alto
Vinda de uma raiz sem espaço.
O tempo é uma boca aberta
Sentado no ínclito regaço.

Senhora, porque passais
Com água e fogo em vossas mãos
Na caridade da espera
Pela gnose da consumação?

Uma rosa abre-se do Alto
Dada em pétalas de fogo
E se há palavras que não soam
Elas cantam no coração do povo!

Eduardo Aroso ©
Coimbra (Sta. Clara, 13-5-2016)

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