DESÍGNIO
Se uma voz me fala e a não ouço,
Serena-me a paisagem
E a certeza de um rumor
Que é destino e viagem.
O rio corre para o oceano
Quem sabe ao fim do mundo;
De oriente a ocidente
Vai-se pelo segredo arcano.
O rio passa sobre a raiz do tempo
E é no fundo oculto das águas
Que se interroga o movimento.
Aquieta-se a torre lá no cimo
Como se a coragem e a fé
Cumprissem um desígnio.
Eduardo Aroso ©
Dornes - Ferreira do Zêzere, 20-6-2016
(Solstício de Verão)
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