Portugal universal; não o efémero que nos amarra como única realidade nos cárceres escuros onde mataram o Sonho. Poemas e textos, alguns publicados em livros e revistas impressos, outros em blogues e os dados a conhecer aqui, para o domínio público, seguindo o rumo da Criação: a obra nunca está definitivamente acabada.
domingo, 14 de junho de 2015
EM SANTARÉM
COM A MEMÓRIA DE IBN SARA
Leio nas linhas em desalinho de hoje
Tuas estrofes que já ninguém respira.
A saudade morre e renasce a cada inspiração,
Porque em todo o começo contrai-se o tempo.
Voava pela seda feminina das palavras
O perfume vigilante do salão,
A cintilação da noite
Nas pausas do poema.
Ah, a dor e o destino
Levaram-nos o monarca
No seu cavalo de sonho alado.
Mas a tua estrofe ficou
E ornada de melisma
Tornou-se fado.
Santarém, 12-6-2015
Eduardo Aroso
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