sábado, 24 de outubro de 2015

TOMAR E OS SINAIS ©

Nas paredes altas
Mistério das dimensões,
Desabrocham árvores
Incrustadas no segredo.
Endócrinas e latejantes,
Arquitectura mais que vegetal.
Os pássaros sem idade e o rio
Despertam cedo
Refrescando o tempo promissor
De haver Portugal.
Na colina do rochedo
Paira o guardião-mor,
Ave
Que não morre;
E sussurra a brisa
Nas conchas invisíveis
Sobre portas talhadas
De outra chave.

Eduardo Aroso ©
Tomar, 23-10-2015



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