Somos uns tantos milhões de
Cristos em agonia à espera de sair da cruz; cada português é um meio D.
Sebastião que, não tendo organizado a expedição a Alcácer-Quibir, quer
regressar ao Portugal do mistério e do estranho cumprimento; somos uns tantos milhões onde cada um,
emocionalmente, marca o golo da vitória e no dia seguinte não vê a baliza,
rodeada de nevoeiro. Somos muitos Velhos do Restelo, desconhecendo que um grupo
de excepcionais (que fizeram da idade uma equação ou talvez poema); à volta de
uma mesa redonda, pegam nas cartas para o jogo dos quatro elementos.
Eduardo Aroso, 27-7-2016
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