URBANIDADES
E A MORTE DE INÊS©
Entre meridianos de
saudade
Sopra uma aragem
De voltas e retornos.
Escrevem-se as sebentas
Nos átrios idos e
presentes.
Orçamentos são equações e
silogismos
Difíceis de ler com
detalhes ausentes.
Um delírio-sonho
Com que a cidade se
veste.
E se a verdade do Mondego
For hoje o rio Lethes?!
Resignadas laringes
No tempo abstracto
cantando.
Ferido o coração de Inês,
É o mesmo punhal
No ventre da urbe,
Silêncios arfando,
Lâmina de rua,
Artéria fatal.
Eduardo Aroso ©
Coimbra, 11-11-2016
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