DAS REDES…
Hoje as redes sociais
deslaçaram-se completamente no passeio da rua sem viva alma, ao ponto de já não
chegarem às cadeiras vazias do café. Não se adicionou nem bloqueou ninguém;
aquilo era o que havia. Como é domingo, há uma rede cercando a igreja, rede
meia partida, mas mais forte à entrada do templo. Não falo nos vendilhões do
mesmo, mas dos pedintes. Reparei, mais adiante, que pelos alpendres e varandas,
sem as pessoas e flores que noutros tempos havia, é provável que por lá passassem e andassem umas redes invisíveis… claro está. Há mais: as redes dos quintais confundem-se
com as silvas. Até as redes dos pescadores estão limitadas; adicionar este ou
aquele peixe não é à sua vontade. O certo é que ninguém gosta de ser enredado.
Estar na fila é outra coisa. Melhor é voar e deixar o caminho livre para os
outros.
Eduardo Aroso
27-2-2017
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