O rio trazia-me silenciosos
queixumes
das encostas de uvas e
desejos
dos dias quentes para
a doçura.
Mas aqui Agosto é
sempre um paraíso
margens, esteios
firmes
e beijos calmos da
lonjura.
Lá ao fundo na foz
acende-se a luz dourada
quando o dia se cumpre
sem cansaço
no sereno altar do fim
de tarde
sobre as águas mansas
e invictas
onde só o mar as vence
com um abraço.
Eduardo Aroso©
Foz do Douro, 9-8-2019
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