sábado, 23 de novembro de 2019


A ESTRANHA (OU NÃO) NATUREZA HUMANA E A MÚSICA

Todo o conhecimento serve à diversidade do ser humano para o seu viver. Mas entre ciência e arte há algum mistério que ultrapassa as meras duas “gavetas” onde se poderiam arrecadar cada um destes saberes, como conhecimentos diferentes, sobretudo na actual era hipertécnica. O deslumbrante é que escutamos hoje uma música de Vivaldi ou Bach com uma necessidade bem diferente da leitura de um invento científico desses idos 3 ou 4 séculos passados. Então a música é mesmo uma necessidade não ultrapassada!
 Byung-Chul Han, na obra «A Salvação do Belo», diz-nos que «o belo é um esconderijo. A ocultação é essencial à beleza. A beleza transparente é um oximoro», o que nos poderia levar legitimamente a especular nessa ocultação da essência da música que fica para além do som ainda que organizado funcionando como um expositor. A ideia de tempo, acima referida, parece também ocultar (guardar) a beleza seja a da música, da arte de Leonardo da Vinci ou daquilo que há milhares de anos foi desenhado nas grutas de Altamira e ainda hoje suscita o nosso espanto.
Eduardo Aroso
23-11-2019

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