sábado, 13 de junho de 2020


A ESFINGE

O mundo contemporâneo transformou-se vertiginosamente numa outra mais temível esfinge. No passado distante, ela ameaçava devorar quem não a interrogasse. Hoje, o chamado «sistema», apesar da nesga da democracia, não está pelos ajustes de perguntar. E se alguém pergunta é para não ter resposta. Quem tenta decifrar a esfinge feita da matéria do “vil metal”  é ignorado ou lançado num outro desfiladeiro das Termópilas. Mas vale sempre a pena perguntar e ousar, porque há outros Cabos Bojador para passar.

Eduardo Aroso ©
13-6-2020

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