sábado, 16 de outubro de 2021

 

Estou saturado de sons electrificados, torcidos e distorcidos, farto de sons digitais e outros artificiais. Anseio pelo som acústico, esse quase aroma que nos envolve e que parece até transpirar quando a melodia se torna madura… Seduzem-me as «paisagens sonoras» de Murray Schafer, filtradas do ruído, para que num mundo que é hipnotizado pelo visual, haja centralidade no que deriva do Verbo como criação. Paisagem sonora que nos limpe da quase exclusividade do binário e nos devolva ou inspire o ternário. Tudo isto com uma pitada das arcadas sonoras renascentistas.

Eduardo Aroso©

16-10-2021

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