terça-feira, 24 de setembro de 2013



CIDADE  AQUI  ©

Há esta distância na cidade:
Entre quem vive e o vivido
Entoa o mesmo e diverso tempo
Um sussurro leve de saudade,
Mas não chega para o afinco
De sermos filhos da voz do vento.

O rio é que faz correr o elixir,
E dizemos que a urbe está no sangue
O de Inês
E de muitos outros que vai secando nas veias
Por não ter por onde fluir.

Há esta estranha página colada
Que faz a viragem errada.
A distância da cidade
É o aroma que se perde
Entre a rosa e o caule.

 
Coimbra, 24-9-2013
Eduardo Aroso

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