sábado, 21 de fevereiro de 2015



Não te espante o riso murcho das esquinas
Os rostos pesados pelo adiamento planeado.
Tudo são cargas sugadoras da alma
Deste povo tão curvado.
O olhar o chão
Vértebra sobre vértebra,
Voto atrás de voto
E o resultado são gritos para dentro
Que sufocam acção e pensamento.
Não te espante: o cinismo é claro e não finge
Mesmo quando inauguram praças e ruas
As mentiras são concubinas nuas
Exaurindo Portugal.
Mas se imitam a esfinge
O que neles predomina e mata
É a pata felina de animal.

 
Eduardo Aroso ©
20-2-2015

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