A RAINHA SANTA ISABEL E A MENSAGEM DE FERNANDO PESSOA
A Rainha Santa Isabel e Inês de Castro, duas
figuras femininas que, apesar de tão marcantes e representarem arquétipos
diferentes se tornaram míticas no verdadeiro sentido da palavra (pelas razões
que conhecemos) não constam na Mensagem pessoana. As razões cabem apenas ao
poeta, que não as explicitou (não tendo que o fazer), pelo que somente as podemos
conjecturar. Todavia, o poeta glosa D. Tareja (Teresa) mãe de D. Afonso
Henriques e D. Filipa de Lencastre mãe da Ínclita Geração. Ambas estão
respectivamente na raiz da 1ª e da 2ª dinastias, do Portugal-matriz,
interrompido em Alcácer-Quibir, logo dominado por Espanha e depois entrando numa
espécie de “clandestinidade” sobretudo na segunda metade da 4ª dinastia e na
subsequente república.
Seja como for tudo isto, as devidas honras (e devoção) que prestamos à Rainha Santa que instituiu oficialmente o Culto do Espírito Santo em Portugal, que transformou rosas em moedas de oiro para pagar aos operários da Igreja de Alenquer, não deixa de estar num admirável contraponto com a (feliz) iniciativa de, neste dias, haver uma Guarda de Honra no Panteão Nacional, Igreja Santa Cruz de Coimbra. Quanto à Guarda de Honra, que existe todo o ano na Igreja de Santa Clara, é feita por Anjos.
4-7-2022
Festas da Padroeira da Cidade de Coimbra
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