As sombras que criamos acabam
sempre, mais tarde ou mais cedo, por vir ter connosco, simplesmente para nos
mostrarem os seus autores. O feitiço contra o feiticeiro sempre foi e será. Há
ainda um outro tipo de sombras, mais diluídas, já nomeadas como vestindo
colarinho branco, que parecem não ser ainda o bastante para mostrar que aquilo
a que chamamos civilização gera muitos detritos, e que a sua quantidade começa
a ser preocupante. Há uma outra reciclagem, subtil, trabalhosa e urgente, que é
necessário fazer. Caso contrário, sufocaremos no poço estreito e lodoso da
nossa ignorância.
Eduardo Aroso, 23-3-2016
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