terça-feira, 15 de março de 2016



Portugal passa pela Europa, mas não para aí. Quero dizer que não se estaca em Bruxelas ou não se detém em nenhuma Frankfurt a pedir esmola a um banco. A vocação é ir, voltar e recomeçar outra viagem. Guiar-se pela rosa-dos-ventos. Arribar ao porto de espera que há em cada povo e mostrar que Camões, como viu Agostinho da Silva, não queria tanto chegar a Calecut, mas à Ilha dos Amores, isto é, à vindoura idade fraterna.

Eduardo Aroso, 16-3-2016

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