sábado, 30 de abril de 2016



A PRESENÇA ©


As mães regressam sempre
Se o tempo nos vacila
E parece desprender-se do coração.
Vêm como um regaço
(A manhã que ainda dura)
Ou numa vertigem,
Doce repouso
Da lua brilhando
Na noite escura.

As mães regressam sempre.
Criam-nos a pulsação
E dirigem-na à distância
Ou na fala apetecida e umbilical.
E mesmo quando tardam
Vemo-las na hora
Mas difícil da nossa respiração.

Eduardo Aroso ©
2016



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