A VISITA DO AMADO SENHOR ©
Esta é a tua casa,
Senhor,
A que reconstróis a cada
ano
Com a cal mais luminosa
Luz sobre o nosso viver
insano.
Este é o teu gesto,
Senhor,
Que basta para nos
suportar.
O teu regaço seguro e
manso
Que nos faz no espaço
flutuar.
Quando regressas em
Setembro
Para nós tardes mais
calmas,
Despedidas de folhas
melancólicas
Mas há primavera em
nossas almas.
À janela bem aberta da ansiedade
Olhamos o céu de dentro e
o de fora.
Entra Senhor, a casa é
Tua
Desgastada por nós a toda
a hora.
A porta, Senhor, nunca
fechada,
Tu mesmo a abriste sob
escolta
Da turba de algozes
esquecidos do Pai,
No Teu amor-doloroso do Gólgota.
A porta aberta de par em
par
No umbral uma humilde
oração.
Nada mais temos para
receber-Te
Do que singelas flores do
coração.
Eduardo Aroso ©
9-9-2016
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