«NÃO VOS DISSE ESTAS COISAS DESDE O PRINCÍPIO, PORQUE ESTAVA
CONVOSCO» JOÃO, 16:4
A Esperança existe, mas deve ser tomada de onde se requer. O
fim de um ciclo histórico - seja universal, seja o que a nós portugueses
respeita – não é terreno favorável a um pensamento que possa, antes do tempo, (re)erguer
o que ainda declina. Pensamento que, por mais encorajador e profético, não pode
fazer da manhã o que é entardecer. Apenas o que move o pensamento pode gerar o
imprevisível, sendo então o pensamento “da mesma carne” que o abscôndito
princípio que ditou o Logos. Morder a cauda provoca essa espécie de
escuridão bíblica apocalíptica, em que num breve espaço de tempo tudo se
escurece, para depois raiar de novo a aurora do Criador.
Um filósofo hindo-brasileiro de pendor místico disse há
alguns anos que “este é o tempo dos atrasados». Uma afirmação tremenda de verdade,
que, ao contrário do que parece evidente, explica o crescimento da banalidade, a
ascensão da mediocridade como paradigma, tudo isto dando o crescimento do mal. Nenhum
homem de sabedoria se escuta nos média, numa conversa de café ou de clube
recreativo de bairro.
Eduardo Aroso, 28- 9-2016
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